Getúlio Vargas
Na madrugada do dia 24 de
agosto de 1954, o Dr. Getúlio Dornelles Vargas cometeu suicídio com um tiro no coração em
seus aposentos no Palácio do Catete.
Morria o maior Estadista Brasileiro de até então massacrado pela
oposição chefiada por Afonso Arinos de Melo Franco, pela "República do
Galeão" dos oficias da Aeronáutica capitaneados pelo Brigadeiro Eduardo Gomes,
e pela imprensa tendo à frente Carlos
Lacerda.
Dr. Getúlio não podia ser
acusado de corrupto, e a História provou que não podia, já que entrou rico e
saiu pobre dos governos, pois foi na verdade uma vítima de Forças Terríveis que
sempre quiseram tomar e dominar o Poder no Brasil.
Seu amigo de toda a vida
Osvaldo Aranha ao pé de sua sepultura simples na cidade de São Borja, Rio
Grande do Sul, exclamou comovido:
“ Nós, os teus amigos,
continuaremos, depois da tua morte, mais fiéis do que na vida: nós queremos o
que tu sempre quiseste para este País. Queremos a ordem, a paz, o amor para os
brasileiros"
Uma verdade histórica.
O Dr. Getúlio plantou as sementes do desenvolvimento nacional e graças
a elas o presidente JK pode implementar uma política nacional- desenvolvimentista
nunca vista em nossa Nação, para espanto do Mundo.
Eu floresci em meio a essa política
nacional- desenvolvimentista e acredito piamente que só com sua retomada poderemos
tirar ao Brasil da situação infame em que está.
Mas, quero dar a conhecer um
escrito meu que descreve o reflexo do
dia da morte do Dr. Getúlio Dornelles Vargas em ou para a minha vida.
Na quarta-feira , 23
de julho de 2014, eu comecei a escrever um livro intitulado “Além, No Mar
Oceano - Aventuras Transcontinentais dos Lusos e seus Rivais”, e logo na
introdução redigi essa nota:
Alphonsus de Guimarães
No ano de 1954 minha família
morava em uma pacata rua do Posto Seis, em Copacabana, na Cidade do Rio de
Janeiro (então Capital Federal), quando a vizinhança foi acordada, à noite,
pelos gritos de minha Tia Carmem, irmã mais velha de minha mãe, chamando meu
pai.
Os berros eram tão intensos
que até eu acordei.
Pendurado na janela ouvi
quando ela disse em alto e bom som: “- O Dr. Getúlio morreu”.
Meu pai chegara tarde a casa
-- o que não era seu hábito -- e o ambiente não estava dos melhores; ouvindo o
que minha tia “berrava”, tratou logo de fazê-la entrar.
Com ela vinha um bem posto
senhor que eu não conhecia, e que repetia sem cessar, como se estivesse falando
para ele mesmo, “que as coisas não estavam nada bem”.
Em meio ao bafafá, fiquei
sabendo que seu nome era Alphonsus de Guimarães e que era, além de amigo de
minhas famílias paterna e materna, um homem com “livre trânsito nas altas
esferas do Poder, tanto em Portugal, quanto no Brasil, quiçá no Mundo, além de
ser um grande observador da História”.
Sua figura muito me
impressionou e povoou meu imaginário infantil, até que, na adolescência, voltei
a encontrá-lo.
Deu-me então um precioso
conselho que foi:
“ Faça da leitura o seu principal interesse na vida,
pois, sem ler uma criatura não sabe nada, e consequentemente, nada será”.
Até hoje sigo esse conselho
como os Papas, em Roma, celebram diariamente as Santas Missas.
Por ocasião da última vez em
que o vi, ele nada havia mudado fisicamente, tendo a mesma aparência de quando
entrara, em 1954, em minha casa paterna.
Quem olhasse veria um elegante
homem de meia idade, muito atarefado com sua bagagem e que quase perdera seu
avião para a Europa, a ponto de, após rabiscar num papel meu novo endereço,
entrar pelo portão de embarque gritando: “... eu te escrevo!” -- o que, no
fundo, no fundo, a mim parecera mais um “... até nunca”.
Porém o carteiro trouxe uma
carta, depois outra, depois mais outras muitas, desse meu velho amigo; e elas
são tão cheias de sabedoria, de novas visões dos problemas atuais, de
conhecimentos das causas, de meditações sobre vários assuntos que podem afetar
nosso futuro, e de análise do passado, que resolvi compartilhá-las com a
maioria de meus amigos (e por que não com pessoas que passarei a conhecer
agora?), neste livro, afinal Dom Alphonsus é um grande aventureiro, um douto
que conhece as Aventuras Transcontinentais de nosso povo e de seus rivais.
Em homenagem a esse notável
homem que é Alphonsus de Guimarães
resolvi chamar este livro de Além, No Mar Oceano - Aventuras
Transcontinentais dos Lusos e seus Rivais, já que me tornei um observador da
Historia por sua influência, posição
essa que “povoou o meu imaginário” e , sobretudo, porque ele me deu o maior
conselho que um ser humano pode dar a outro, ou seja, ler, ler sempre, cada dia
mais, até o final de seus dias, pois somente assim estaremos continuamente
aprendendo alguma coisa antes não
sabida.
Jorge Eduardo Garcia
Pensador Cristão
São Paulo.
São os seguintes atos do segundo governo do Dr. Getúlio:
A lei nº 1.521, de 26 de dezembro de 1951, sobre crimes
contra a economia popular, ainda em vigor.
A lei nº 1.522, de 26 de dezembro de 1951, que autoriza o
governo federal a intervir no domínio econômico para assegurar a livre
distribuição de produtos necessários ao consumo do povo. Esta lei foi
substituída pela lei delegada nº 4,[50] em 26 de setembro de 1962.
O decreto nº 30.363, de 3 de janeiro de 1952, que dispôs
sobre o retorno de capital estrangeiro, limitando-o a 8% do total dos lucros de
empresas estrangeiras para o país de origem, revogado em 1991.
O decreto nº 31.546, de 6 de outubro de 1952, regulamentou o
trabalho do menor aprendiz e vigorou até 2005.
A lei nº 1.802,de 5 de janeiro de 1953, que definia os
crimes contra o Estado e a Ordem Política e Social, e que revogava a Lei de
Segurança Nacional de 1935. A lei 1.802 vigorou até 1967 quando foi substituída
por outra Lei de Segurança Nacional.
A lei n° 2004, de 3 de outubro de 1953, sobre o monopólio
estatal da exploração e produção de petróleo, revogada em 1997.
A lei nº 2.083, de 12 de novembro de 1953, sobre a liberdade
de imprensa que vigorou até 1967.
A Instrução Sumoc (Superintendência da Moeda e do Crédito)
nº 70, de 1953, que criou o câmbio múltiplo e os leilões cambiais.
Neste período, foram criados:
O BNDES (Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e
Social) foi criado pelo Governo Federal em 1952, durante o segundo período de
governo de Vargas (1951-1954) e inicialmente constituía uma autarquia com o nome
"BNDE".
A Petrobras (Petróleo Brasileiro S/A) foi criada em 1953,
também durante o segundo período de governo de Vargas (1951-1954).
Em 20 de junho de 1952, pela lei nº 1.628,[55] o BNDE, atual
BNDES.
Em 19 de julho de 1952, pela lei nº 1.649,[56] o Banco do
Nordeste.
Pela lei nº 1.779, de 22 de dezembro de 1952, o IBC
(Instituto Brasileiro do Café), o qual foi extinto em 1990.
Em 1953, a PETROBRAS, no aniversário da Revolução de 1930, 3
de outubro, pela citada lei nº 2.004.
Em 29 de dezembro de 1953, a lei nº 2.145, criou a CACEX,
Carteira de Comércio Exterior do Banco do Brasil.
Em 11 de janeiro de 1954, foi criado o seguro agrário, pela
lei nº 2.168,[59] não revogada até hoje.
Getúlio sancionou a lei nº 2.252, de 1 de julho de 1954, que
dispunha sobre a corrupção de menores, esta lei vigorou até 2.009, revogada
pela lei nº 12.015.
Música de Teixeirinha:
Vinte e quatro de agosto
A terra estremeceu
Os rádios anunciaram
O fato que aconteceu,
As nuvens cobriram o céu
O povo em geral sofreu
O Brasil se vestiu de luto
Getúlio Vargas morreu!
Seu nome ficou na história
Pra nossa recordação
Seu sorriso era a vitória
Da nossa imensa nação
Com saúde ele venceu
Guerra e revolução
Depois foi morrer a bala
Pela sua própria mão.
https://www.youtube.com/watch?v=s7IIC2iKsqs