quinta-feira, 24 de julho de 2014

Além, No Mar Oceano - Aventuras Transcontinentais da Humanidade: UMA CARTA CONVITE PARA UM ESTUDO autor: Jorge Eduardo Garcia

UMA CARTA CONVITE PARA UM ESTUDO

Estava eu posto em sossego quando ‘seu’ João, meu fiel valet, me trouxe uma carta ainda com endereço de minha antiga morada.
“Passei pela casa e o vizinho entregou essa correspondência para o senhor”.
“Obrigado”.
Abri e para o meu espanto era de Alphonsus de Guimarães, o velho amigo da família.


  A bordo do yacht ‘Star of Χίος ‘, 12 /12/2012

Estou a bordo do yacht de Neleus e Aretha Argenis, meus amigos gregos, em turismo pelo Mar Egeu, Estreito de Bósforo, Mar Negro e o Mar de Marmará.
Comigo estão um casal português, um casal inglês, um casal americano, as duas filhas dos anfitriões, Alexina e Paki, dois amigos delas e o nosso amigo Edward, viscount of Fonteyn, sobrinho neto de Dame Margot Fonteyn.
A equipagem é asiática e presta um serviço de primeira qualidade, tudo com muito requinte e eficiência, não nos está faltando nada, o que torna a viagem muito agradável.   
Estamos revivendo a época do Bon-ton em um beau Monde, pois tudo é muito chic.
Sei que você iria gostar e muito.
Lord James Caldwell of Ouse é um pesquisador aplicado e conhece muito bem a Historia e Lady Mary é uma arqueóloga amadora, ambos são por demais agradáveis.   
Durante a ceia, o jovem Joseph Gurney Cannon IV, sempre calado e atento, levantou o tema Bizâncio, pois estávamos perto da cidade de Istambul, e foi um frénésie generalizado, causou um verdadeiro furor, provocou uma verdadeira sensação.
Ato contínuo a maioria dos começais voltou seus olhares para Lord Caldwell, enquanto Edward Fonteyn, levando sua taça de vinho aos lábios para esconder o sorriso, olhou para mim.
Eu sorri, modesto.
Há dias tratamos de Bizâncio/ Constantinopla e como as conversas estão por deveras interessante resolvi escrever para você e pedir um estudo breve sobre o assunto.
Como sei que fará um bom trabalho, peço que envie para minha casa em Lisboa, pois lá saberão como fazer chegar as minhas mãos.
Com muito carinho do velho amigo



Alphonsus de Guimarães

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